um dia me disseram
que criança brincava
de pipa, pique-esconde e peão,
mas tenho visto até
criança com revólver na mão.
então fico a me
perguntar:
- como a arma chegou
lá?
talvez alguma
desatenção
da família de peões
de um Capital,
no caso da
criança ter família,
pois algumas nem têm esse privilégio.
talvez é a escola sem
integração,
ou a tentação da ostentação do comercial da TV.
não sei qual o pior,
ou se todos,
mas falta também saúde
pública e mental
numa sociedade doente
em que as pessoas
veneram dinheiro,
sem raciocínio mínimo
para escrever os rumos
da própria trajetória.
a juventude assim tá
perdida,
pois em meio aos
adultos inconscientes
sofre as consequências.
é inegável que a
juventude tá sem educação...
saúde, carinho e
condição social.
a juventude tá na
linha de frente,
em meio aos
adultos inconscientes.
de onde vem essa doença
ou quem foi que a
disseminou?
só não sei o porquê
agora,
nesta hora dos nossos
dias,
querem enjaular quem já
mais sofre com os sintomas.
alguns “homens de
bem(ns)”
levantam uma bula ou
bandeira
de que remédio é
cadeia,
sentados nas suas
cadeiras de seus palácios,
pra que pessoas comuns como nós comprem a receita.
mas sem prevenção
não há virose que não
se espalhe.
isso é orientação
que os mais experientes deveriam saber,
pra práticas que evitem a tal da punição.
a verdadeira orientação
é pra que crianças e jovens
portem lápis,
caneta... borracha,
pra que o sangue
escorrendo seja apagado,
e uma nova história
seja escrita:
das pipas que se
espalham pelos céus,
pra que reapareça um pique-esconde,
entre meninos e meninas
acolhidos por famílias...
famílias que não façam só o
papel de peões.
Pelo fim da trama que
propaga o drama!
se as coisas não estão
como deveriam,
a responsabilidade não
é dos mais jovens,
estes, pelo que vejo,
nem foram educados.
culpa é de quem muito já
deveria ter aprendido...
a culpa é dos adultos,
imaturos em demasia,
que não sabem da
importância de uma criança.
Jefferson Santana